Calar ou não calar.Eis a questão.

Ontem aconteceu algo bem desagradável na página que mantenho no facebook, a Transformar para Curar. Já estava desligando o computador, quando vi no feed de notícias um post que eu elaborei e publiquei em dezembro do ano passado.

Qual não foi a minha surpresa quando vi o mesmo, porém manipulado de uma forma tosca (onde retiraram o nome da Transformar, cortando inclusive, parte da imagem) publicado em outra página, em março deste ano. Sem crédito, sem comentário, sem coisa alguma.

Quando comecei a navegar nessa página percebi, pelos cortes das imagens, que é um procedimento usual. Já virou hábito percorrer as páginas alheias, escolher o que gosta, cortar e publicar na própria página.

O post antes

Tenho percebido postagens variadas pelo face, onde são divulgadas frases célebres e sem o nome do autor. Em muitas delas percebi que não se dão ao trabalho nem de colocar entre aspas, ou seja, o que podemos concluir é que a pessoa quer mesmo que pensem que é de sua autoria.

Qual será a graça de brincar de ser outra pessoa? Fazer de conta que escreveu algo que não escreveu? Qual o ganho de ser reconhecido por um talento que não é seu? Confesso que não percebo. Prefiro a verdade, por mais dolorosa que seja, que uma mentira bonitinha, mas aprisionante e falsa. 

Quando percebi a atitude dessa página, naveguei por ela, localizei o meu post e comentei que não tinha gostado e que não achava essa atitude pertinente aos valores que ela divulga, além de comentar também no meu mural pessoal.

Antes desse movimento, cheguei a pensar em ficar quieta, em deixar para lá. Mas, decidi sim, expressar o que estava sentindo. Afinal, é o mínimo diante de tal cara-de-pau, não acham?

Acho que é isso que anda nos faltando. Engolir demais faz mal e também o alimenta. Há que se buscar o equilíbrio entre o que se engole e o que se expressa.

Sou da paz, não gosto de discutir e por isso mesmo, muitas vezes "deixei passar" episódios onde hoje reconheço que teria sido muito importante ter me colocado.

O post depois

Para expressar o que estava sentindo, para tentar uma conciliação, para trazer luz à situação e para assumir a minha responsabilidade de não me omitir. Não se colocar no momento adequado é decidir por deixar correr, em esperar que a coisa se resolva por si só e, mesmo que sem intenção, alimentar um registro deturpado no outro. Afinal, como diz a sabedoria popular, quem cala consente.

Falar com respeito sempre, mas falar é cooperar com esse mundo novo que todos dizem que querem, mas que poucos arregaçam as mangas para ajudar a construir. O nome da página que fez isso eu prefiro não falar, me dá vergonha...

Beijo grande!